QFD e SWOT

Segundo Rozenfeld et al. (2006), dentro de uma empresa, é preciso decidir quais os projetos de desenvolvimento merecem priorização, considerando sempre possíveis restrições de capital, tecnologia e competências. Deve-se analisar todas as possibilidades de projetos e estudar cuidadosamente as variáveis, a fim de otimizar os investimentos realizados pela empresa.

Muitos donos de negócio consideram somente o valor financeiro quando se veem obrigados a escolher um novo produto. Esse é um erro comum e recorrente: focar em fatores quantitativos e negligenciar os qualitativos. Os fatores qualitativos, por envolverem certa subjetividade e requererem algum conhecimento sobre o produto ou sua produção, acabam sendo renegados ao segundo plano. Mas existe um método que permite uma análise eficiente desses dados: o QFD – Quality Function Deployment (desdobramento da função de qualidade).

Para avaliar as qualidades de um produto, o método mais eficiente é o QFD. Este método nos permite traduzir os desejos e necessidades dos clientes em qualidades técnicas e tangíveis para o produto em desenvolvimento. Isto porque aproxima, do consumidor, o engenheiro e outros profissionais que participam da produção. A ferramenta mais básica do QFD são os questionários, eles irão definir a qualidade da demanda que, após identificada, será analisada a procura das prioridades e das especificações técnicas do produto. As matrizes dessa ferramenta são, então: matriz da qualidade, do produto, de processos e de recursos.

Analisando as matrizes da análise SWOT: forças e fraquezas são fatores internos à empresa, enquanto oportunidades e ameaças são fatores externos, referem-se ao meio em que ela está inserida. Na observação dessas variáveis, percebemos que a interação entre fatores da mesma natureza deve-se procurar manter sempre a supremacia do fator mais positivo. Enquanto a interação entre fatores de natureza distinta resulta na estratégia a ser seguida: desenvolvimento, crescimento, manutenção ou sobrevivência.

 

FEEDBACK: PORQUE TODA COMUNICAÇÃO PRECISA DE UM RETORNO

 A comunicação empresarial é formal e burocrática em sua grande totalidade, e, por isso, muitas vezes há maior preocupação sobre o mecanismo de transmissão da mensagem do que com o seu próprio entendimento. Esse foco no meio e não no conteúdo da mensagem pode causar ruídos e tornar a comunicação menos eficiente.

O feedback – realimentação ou retroalimentação – promove mudanças de atitude, comportamentos e pensamentos, através do diálogo crítico a respeito de algum assunto especifico. Esse processo baseia-se em dar e receber informações sobre como suas ações afetam outras pessoas e situações. Um feedback eficaz deve ser capaz de ajudar o indivíduo que o recebe a atingir de maneira mais produtiva e eficaz os seus objetivos e metas.

A utilidade desse método são muitas: aprovar ou reprovar comportamentos ou resultados, demonstrar entendimento e compreensão, inteligência e habilidade ou consideração e respeito, repreender ou elogiar o locutor, desabafar sentimentos e, o principal dentro de uma empresa, ajudar outras pessoas a alcançarem seus objetivos.

Apesar de sua importância, muitas vezes não é aplicado na empresa, ou é praticado de maneira inadequada. Por exemplo, muitas vezes dá-se feedback sem conhecer bem sobre o assunto abordado e sem um propósito definido ou apropriado ou, até mesmo, em ambientes impróprios. Outro erro comum é não adaptar a sua linguagem a um nível compreensível para o receptor. Mas as causas mais frequentes são as emocionais, a timidez, o medo de magoar ou desapontar ou de ser punido e sofrer retaliações são algumas delas.

O receptor, ao receber o feedback, deve ouvir cuidadosamente os pontos elucidados e evitar interromper o locutor. Ao final do discurso, reformular para confirmar a compreensão e fazer perguntas sobre pontos que, por ventura, não tenham ficado claros. Enfim, a postura correta a ser seguida é assimilar com calma as informações recebidas e reconhecer o que for correto e adequado.

A IMPORTÂNCIA DE SABER OUVIR

Para saber falar, é preciso saber escutar.

– Plutarco, filósofo grego

A primeira interpretação para essa frase que nos vem a cabeça é: como a principal finalidade da fala é comunicar, transmitir uma mensagem, se não escutarmos com atenção o que foi dito, não nos resta possibilidade de resposta alguma. Não há comunicação sem o recebimento adequado da mensagem.

Mas, partindo da observação de que essa frase foi dita por um filósofo, vamos tentar tornar o pensamento um pouco mais abstrato, shall we? Portanto, podemos afirmar que está referindo-se não só ao processo físico de escutar, mas também às entrelinhas, às mensagens subliminares. Não nos comunicamos apenas pelo verbo, mas todo um conjunto de sinais que compõem a linguagem não-verbal

Uma pesquisa nos EUA estudou como um funcionário de empresas de pequeno e médio porte gastam seu tempo no ambiente de trabalho. Infelizmente não tenho mais informações sobre a origem esse estudo, me perdoem. Enfim, o resultado foi o seguinte:

45% Escutando

30% Falando

16% Lendo

09% Escrevendo

Ou seja, no nosso dia a dia, passamos grande parte do nosso tempo escutando outras. Mas será que somos bons ouvintes? Quais qualidades precisamos ter para sermos ouvintes de qualidade? Como já mencionei, escutar vai ali de somente estar presente enquanto o outro fala. As primeiras preocupações de quem deseja aprimorar sua habilidade de ouvir é garantir que: está dando atenção ao que está sendo dito; está recepcionando bem a mensagem e tem o conhecimento necessário para decodificar a mensagem e transformá-la em informação.

Níveis de atenção durante uma interação (em qual destes será que colegas de trabalho, amigos e família encaixariam seu perfil?):

1. O Alheio.

Esse comportamento provoca revolta interlocutor, que fica frustado com a desconsideração. E, como sempre é importante lembrar, o ser humano é um ser basicamente emocional. Interagimos diariamente baseados em nossos sentidos, afinal é assim que recebemos informações, não é mesmo?

2. O Indiferente.

Ele provoca a mesma sensação no ouvinte. Muitas vezes dá a impressão de ser uma pessoa sem opiniões formadas, personalidade omissa e baixa autoestima.

3. O Distraído.

Gera um sentimento de decepção no ouvinte, que chateia-se com a falta de respeito. Representa aquela pessoa que sempre “perde” uma parte da conversa, geralmente a última frase e pede para que o emissor da mensagem repita.

4. O Concentrado.

Nesse personagem, percebemos um total envolvimento no processo de comunicação e uma grande interatividade. Aqui, a mensagem completa é recebida com sucesso. Esse é o ouvinte que todos devemos nos esforçar para ser.

E quais são os fatores que influenciam nossa capacidade de ouvir com atenção a mensagem que nos é transmitida? Vou listar alguns: valores e costumes individuais, comportamentos, ambiente físico, competição, timidez, pessimismo, assuntos desagradáveis e arrogância.

Essas informações são de extrema importância para aquele profissional que lida diariamente com o público. Nesse tipo de trabalho, é imprescindível e sensibilidade ao ouvir. Sempre lembrando que os gestos e os outros sinais enviados por nosso corpo falam muito mais que nossas bocas e, muitas vezes, são mais sinceros que elas também. Então, todo cuidado é pouco. Prestar atenção aos sinais que enviamos, com certeza, nos fará um comunicador mais eficiente.

Agora que já é possível identificar onde estamos falhando ao nos comunicar com as outras pessoas, nada mais indicado que combater esses vícios e evoluir nossa capacidade de ouvir e interagir. Não precisa mudar seu perfil de maneira instantânea. Começamos com o policiamento e, quando notamos, já estamos convencidos da importância de agir dessa maneira e aí aprendemos. 😉

Para fazer esta postagem, eu tive como inspiração minha aula de ontem de Comunicação Empresarial. Provavelmente muitos dos meus textos serão inspirados nas minhas aulas.

Enfim é isso! Espero que tenha aberto um pouquinho a cabeça de você sobre o como é importante prestar atenção ao que falamos e, principalmente, ao que nos é falado.

Um grande abraço e um ótimo dia!

 

O MARKETING E A FRANÇA

1. ONDE ESTUDAR

O marketing é uma das áreas de atuação que mais crescem no mundo. Não é diferente na França. E, ao contrário do que muitos pensam, esse setor oferece muitas oportunidades além de trabalhar numa multinacional. Consultoria de branding ou de CRM e PME são algumas das várias funções que o profissional dessa área pode assumir.

Se você quer estudar na França, seja por já ter intimidade com o idioma ou por só ter vontade de conhecer Paris, existem duas opções:

a) Ecole de Commerce: HEC, EM Lyon, ESSEC, ESC, EDHEC

b) Université

Nesse link é possível encontrar uma lista detalhada das opções de instituições e como realizar a inscrição: http://pt.franceguide.com/Estudar-numa-universidade-francesa-segue-o-guia.html?NodeID=1&EditoID=191309.

2. REVOLUÇÃO FRANCESA

Luis Felipe Pondé, em um texto para a Folha de São Paulo, defendeu que a Revolução Francesa, em suas ideias e feitos, não é compatível com ideais pelos quais ela é lembrada até os dias de hoje: liberdade, fraternidade e igualdade. Para o jornalista esse marco histórico não passa de um exemplo de marketing político.

Esse seria o primeiro evento previamente ideologizado para parece outra coisa. Foi “criado”, então, o povo que ama a liberdade e que está disposto a lutar por ela de todas as formas, inclusive através da violência. E todo esse povo enfurecido estaria sendo inspirado por uma deusa: a razão, criada também pelos iluministas. Mas o insight é que esse povo que destrói tudo para revindicar direitos ou usurpar direitos de outrem sempre existiu. Os filósofos iluministas é que nos teriam feito acreditar que aquele era um acontecimento inédito.

Para concluir, o autor afirma que a nossa democracia está muito mais baseada nos direito americano e no britânico. Esses sim, teriam nos dado essa noção de liberdade de expressão e de ir e vir que conhecemos e valorizamos. E encerra: “É hora de deixar nossos alunos lerem mais Locke, Hume, Burke, Tocqueville, Stuart Mill, Oakeshott, Berlin, os federalistas e antifederalistas, Rawls, Strauss e não apenas Rousseau, Marx e suas crias”.

3. CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS FRANCESAS

Se você procurar as duas postagens imediatamente anteriores a esta, encontrará dois vídeos interessantes de campanhas publicitárias realizadas na França. Chequem e deem suas opiniões! Especialmente sobre o vídeo que trabalha com o tema do racismo, ok?

Bom, é isso. Tentei relacionar um pouco o tema marketing com o país França. Espero que tenham curtido as curiosidades. Vou tentar falar de outros países também, o que acham?

Muita paz pra todos! 🙂

Contrex – Ma Contrexpérience – 97s (ação publicitária)

“Uma empresa de água mineral lançou uma campanha publicitária genial na França. Nela algumas bicicletas ergométricas foram colocadas em uma calçada e ligadas a uma parede que continha umas luzes (tipo aquelas de natal) e que eram acesas através da energia criada pelo pedalar das bicicletas. Nessa parede aparecia um show de strip-tease de um homem que só se movimentava quando as bicicletas eram acionadas. Veja o resultado.”

A LINGUAGEM NÃO-VERBAL E A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

É através da linguagem que são expressados os pensamentos, as ideias e os sentimentos. Existem dois tipos de linguagem: a verbal e a não-verbal. A verbal é a que faz uso das palavras, o que falamos e escrevemos. Por sua vez, a não-verbal transmite a mensagem por outros meios: linguagem corporal, expressão facial, figuras em placas e avisos, linguagem de sinais, gestos etc.. A duas linguagens são simultâneas e nem sempre passam a mesma mensagem. Portanto, para evitar mal entendidos, é importante ter consciência da linguagem não-verbal.

Segundo Feitosa (1987), uma das principais diretrizes para a comunicação eficiente é a empatia, para isso o emissor precisa entrar ‘inteiro’ no processo comunicativo e o mesmo também precisa ser sensível às mensagens emitidas pelo receptor. O processo de comunicação necessita de seis elementos: emissor, mensagem, receptor, referência, canal e um código conhecido por ambos, relata Feitosa. Mas acima de tudo, a maior e principal preocupação de quem vai receber uma mensagem é realmente ouvir o que o outro tem a dizer.

Uma comunicação clara e eficaz é essencial para que as tarefas sejam cumpridas com máxima eficiência dentro da empresa. É importante demonstrar interesse pelo que está sendo dito e escolher o canal adequado para transmissão daquela mensagem, oral ou escrito. Por exemplo, mensagens que possam mostrar algum grau de ambiguidade, devem ser transmitidas oralmente, por telefone ou pessoalmente. Desta forma, há o auxílio da linguagem não-verbal, que auxilia o entendimento, e recebimento instantâneo de feedback. Já as mensagens extremamente objetivas podem ser escritas sem problema algum.

No âmbito empresarial, é possível perceber se um funcionário sente-se realizado ou não com seu trabalho através da linguagem não-verbal. Bom ânimo, produtividade, atenção, energia e bom relacionamento com os colegas são alguns indícios de que ele está feliz com a sua atual situação dentro da empresa. Já o contrário, mau ânimo, baixa produtividade, falta de atenção e de energia e um mau relacionamento com os colegas, pode indicar que ele não está satisfeito com sua posição ou seu trabalho.

A linguagem não-verbal é de tamanha importância que ela sozinha pode passar grande parte da mensagem ou até mesmo uma mensagem inteira. É mister que, dentro de uma empresa, todos esforcem-se para adquirir a habilidade de perceber os sinais que lhes são enviados e de transmitir os sinais corretos. Apesar de não ser possível exercer total controle sobre essa linguagem, grande parte dos mal entendidos são gerados pela falta de atenção e interesse, e sobre isso tem-se total poder.